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O Cafundó é um bairro rural considerado antigo quilombo, situado no município de Salto de Pirapora a 12 quilômetros da cidade, distante 30 quilômetros de Sorocaba.
Esta comunidade existe há mais de 150 anos e sua população é predominantemente negra, composta de duas parentelas: As do Almeida Caetano e a dos Pires Pedroso. Alguns detém o título de proprietários dos oito alqueires de terra; constituía 35 alqueires e a extensão das terras do Cafundó, conforme as informações dos moradores, foram doadas a dois escravos ancestrais pelo antigo fazendeiro pouco antes da abolição em 1888. A doação foi feita a duas irmãs: Ifigênia e Antônia que estão na origem das duas parentelas.
A especulação imobiliária, a ambição dos fazendeiros vizinhos, aliado a falta de documentação legal por parte dos legítimos donos foram responsáveis pela considerável diminuição das suas terras originais.
A comunidade Cafundó tem como tradição as práticas da cultura afro-brasileira, sendo reconhecida como patrimônio cultural brasileiro. Seus moradores falam entre eles um dialeto africano, a CUPOPIA.
No mapa da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo, referente a Sorocaba, publicado em 1927, consta que existe um local denominado “Campo dos Negros”, a sudoeste do então distrito do Salto de Pirapora.
O Jornal Cruzeiro do Sul de Sorocaba, publica, no dia 30 de abril de 1978, uma reportagem sobre estes negros do bairro do Cafundó. A reportagem revela que o idioma falado por eles é o Kimbundu, o mesmo dos negros do sul de Angola.